12 de ago. de 2012

Um simples minuto

      A melhor coisa que você pode fazer é aparecer na minha rua depois da meia noite. Essa é a hora que eu já estou exausta, esgotada, cansada de tanta dor de cabeça. Mas basta você aparecer que tudo já se ameniza, até o ar fica mais leve. Mesmo estando praticamente morta na cama, eu me levanto que nem um zumbi, só pra te ver, mesmo que seja apenas por um simples minuto.
      Sorrindo que nem uma idiota, eu fiquei escondida no canto da janela. Mas o cansaço me venceu e me obrigou a voltar para a droga da cama. Mas o bom é que eu ainda estava ouvindo você conversar com os seus amigos e ia conseguir dormir que nem uma criança, depois que escuta uma história.
      Distinguindo a tua voz das outras dezenas de vozes da rua. Vendo que valeu à pena o dia idiota que eu tive. Até que eu escuto o teu carro sair e eu sussurro um "tenha cuidado", como se você me ouvisse. 
      Até que o sono toma conta de mim e eu fico indefesa, que nem uma criança.
      Fico sonhando com aquele simples minuto, em que você fez valer à pena ter vivido até aquele dia.
Gleanne Silva.

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