12 de mar. de 2013

Só queria mesmo desabafar.

Onze de março de dois mil e treze. Fim de tarde. Fim de mundo.

Há dias eu tento escrever algo que seja mais ou menos o que eu estou vivendo. Consegui? Obviamente não. Eu travo, simplesmente travo quando tenho que falar sobre ele diretamente. Nunca vi alguém me fazer tanto bem e tanto mal ao mesmo tempo, sério. É um imã, um encosto, uma praga. (Mas eu amo o rapaz, gente.) Um  mar de incertezas para uma pessoa desajustada. Dessa vez Murphy caprichou. E só pra constar no atestado de óbito: eu odeio escrever assim, como se estivesse falando. Mas é a vida, assim ficará.

Eu queria alguém pra conversar, mas existem poucas pessoas nesse mundo pra quem eu falaria tudo que está acontecendo. Uma delas está curtindo as férias escolares, e essa é a única que me escutaria e diria: "Glen,você está ferrada."; a outra pessoa até conversa comigo, diz que tudo ficará bem, que em  poucos dias eu esquecerei o cara e bléh (mas eu NÃO vou esquecer o cara, quando o mundo entenderá isso?); por último e não menos importante: o esse cara sou eu da minha vida. Quisera eu mandá-lo ao inferno, chorar por, sei lá... quinze dias e esquecê-lo. Mas não dá. Ele é quem me deixa triste, e também é a pessoa que me tira da tristeza. Sem metáforas e sem ironias. Ele faz isso MESMO. O rapaz tem um dom. É um ariano que tem paixonites ferradas. (Parece até eu, né? Lindo isso.) Depressivo de vez em quando, de vez em sempre, de vez em toda hora. Tem uma queda pra escrever, mais poesias do que textos. Só que ele não assume isso, e também não enxerga que é por causa desse bendito dom de escrever (sem ironia) que a vida dele é ferrada. Todos nós somos ferrados, seja em alguns ou em todos os pontos possíveis. Vá escrever pra achar uma coisa, vá. Eu até aconselho, sabe? É lindo ver as pessoas descobrindo a existência de Murphy, e que ele é um demônio operante. (Só que não.)

Vou fazer quinze anos no fim do mês. Não que isso seja lá muita coisa, mas estou com medo do dia trinta e um. As aulas retornarão no dia vinte e cinco, voltarei para a minha linda biblioteca recheada de clássicos, cheirinho de mofo, chão limpinho, estantes lotadas, bibliotecária chata... Ah, na escola eu desabafo tudo com a única amiga que tenho lá, e isso é bom. Ruim mesmo é olhar pra cara do professor de matemática.

É isso, crianças. Só queria mesmo desabafar.

2 comentários:

  1. Quem escreve tem um imã para o inusitado não é? Eu acho que passo isso, levando em conta, principalmente pelo fato de ser romântico e poeta. Creio que o Murphy deve ser meu amigo também. *risos

    Às vezes é difícil esquecer. Sempre. A forma como a pessoa nos incomoda, mesmo que mal, pode nos atrair. É incrível como acontece. Mas não é legal sabe. Por isso tudo que falaste...

    Enfim, te cuida.

    Beijo!

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  2. É o que penso também. Quem escreve esconde algo.

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