28 de nov. de 2012

Cleópatra na chuva

Poderia ser apenas mais uma manhã idiota, daquelas que eu saio atrasada por causa dos meus olhos de Cleópatra. Mas por alguma razão desconhecida, resolvi levar os fones para ouvir Paradise, do Coldplay. E eu não poderia ter feito uma escolha melhor. 

Quando eu estava na metade do caminho começou a cair uma chuva fraca, e eu comecei a sorrir. Disse para quem estivesse controlando as torneiras lá em cima: "Pode mandar água!" (Sim, eu sou dessas que fica falando sozinha com coisas/pessoas invisíveis.) E a pessoa obedeceu. Quer me ver feliz? Me coloque no meio de um temporal.

Então, não poderia ter sido melhor. Cantarolar: "Life goes on/ It gets so heavy/ The wheel breaks the butterfly/ Every tear, a waterfall/ In the night/ The stormy night/ She closed her eyes/ In the night/ The stormy night/ Away she flied..." Colocar as mãos em forma de agradecimento e sorrir. Toda chuva me lava a alma. Em cada tempestade minha alma se regenera, se reconstrói. Eu sempre, sempre conto os segundos entre um relâmpago e um trovão...

E enquanto a chuva caía, eu sorria e observava se não havia algum anjo por ali. Não encontrei nenhum anjo ao alcance dos meus olhos. Mas, encontrei-o em minhas mãos.

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