16 de nov. de 2012

Clocks

Há tempos atrás eu era vazia, confesso. Embora contivesse resquícios de uma futura personalidade intelectual, nada se concretizava, nada dava sinais. Porém, o tal passado transportou-me para o futuro, que jamais nos convencemos de sua chegada. O futuro é agora. O futuro existe e é totalmente atuante. Nossas mentes limitadas se reduzem a definir o hoje como presente, ontem como passado e o amanhã como futuro. Pobres almas.

O futuro é o agora, o hoje e o ontem. Não há divisor de águas que consiga mudar isso. Não há quem jogue isso por terra. Por acaso o hoje não é o futuro do ontem? Sim, é. E o ontem também é o futuro, mesmo que esteja arquivado.

Datas, datas. Já detestei essa contagem, já detestei esse padrão, essa monotonia. Não que hoje eu esteja totalmente conformada, adaptei-me, apenas. 

É difícil acreditar que vivo fazendo perguntas sem respostas. Que vivo de pensar em nada durante uns minutos. Que sou tão limitada e sei tão pouco.

Queria voltar para o ontem. Quero ir logo para o amanhã. Na verdade, não sairei do lugar.

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