1 de dez. de 2012

Livros molhados

Faltam uns livros molhados que ficaram em cima do telhado. Faltam alguns relógios que marcavam horas indecisas. Faltam teus olhos e teu sorriso de dentes tortos.

Esqueci de todos os compromissos e deixei minha alma secar ao sol. Permaneci imóvel, deixei apenas o mundo em constante movimento. Esqueci os espaços que o tempo deixa. O único problema é que eu te vejo em cada canto da minha rua; te vejo desde o primeiro dia. Te odeio desde então.

Depois de todas as noites frias, depois das chuvas, do sangue e ódio. Após as quedas, junto os meus pedaços e tento me regenerar. E é em vão. Tudo é vago, indeciso, indecifrável, escuro e repugnante. Depois da tua chegada... tudo escureceu.

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