17 de mai. de 2013

Insanidade

Uma imensa loucura te ter nos braços, de olhar perdido e esse copo na mão. Praticamente uns selvagens perdidos, selvagens sem mata destruída. Primatas sem destino, sem histórias. Surdos que já escutaram, mudos que já falaram. O fato de ser madrugada é apenas coincidência. Moça de alma livre, estranha que eu entendi.

Uma estação que eu não sei como se chama já está na metade. E eu aqui preocupado com os filhos que não vou ter. Do meu lado tenho uma moça que está em outro lugar, passeia por ruas que não conheço apenas com aqueles olhos que ainda não decidi como descrever. Ela respira o ar que está ao meu redor e coloca o ar que sobrou em outro lugar distante. Eu tão cheio de tudo, sentindo todos os sentimentos do mundo, sofrendo por cada nova tragédia. Eu com meus olhos refletindo o mundo, as tragédias. Todas as dores e amores do mundo deveriam passar por mim.

Mas a moça do meu lado era só uma moça que quase não fazia companhia. Vazia, opaca. Eu poderia amá-la se ela não fosse mais um corpo entre os demais. Ela chora por algo que não sei, nem farei questão de saber. E nunca irei entendê-la, é só uma moça de vida normal. E o mundo continuava com sua vida, sem depender de nós. O clima continua entre o quente e totalmente agradável. Fim de tarde, o vento é mais puro. As almas são livres e você é translúcida. Eu não te amo.

Um comentário:

Já que gostou, comenta! É isso que me faz feliz. ;)