4 de ago. de 2013

Viver morrendo


Dias desses me peguei na janela, pensando. Todo mundo, ou quase, faz aquilo que ama. E eu, vivo, folha seca pelo mundo. E eu, vivo, folha verde pelos cantos. Só estudo e, às vezes fico de mente e ombros pesados. Tento ser inteligente, muitos dizem que consigo. Tento ser diferente, isso consigo, sendo anormal. E eu, vivo, lendo poesia e livros que encontrei em promoção; lendo pdf que baixei, coisas bobas que escrevi. Vivo com um ar indeciso, com um medo tão grande de algo que não sei onde está. Acho que ainda tenho medo dos monstros que aparecem quando meu quarto está escuro. Nesse escuro, obscuro. Acho que não tenho caminho, acho que já tracei minha vida e sei exatamente para onde vou. São estranhos os meus pensamentos e estranhas as minhas necessidades. Me apaixono fácil, às vezes, até por um par de olhos que nunca mais verei. Me apaixono todos os dias por um homem diferente e, até agora, não amei nenhum. Amar é essa coisa que vem da alma, não é fácil para ninguém, imagine para mim. Quando eu amar, será por inteiro. Não sei se amarei nesta vida ou só em outra. Ah, quando eu amar. Espero passar por essa vida e dizer que amei, nem que seja apenas por vinte e quatro horas. Planejo tudo, nada sai como o planejado. Saio do ponto inicial e corro por todo o percurso. Parece que sei exatamente para onde vou, só que insisto em ter medo. É cedo demais para saber de tudo. Todo mundo, ou quase, faz aquilo que ama. Inconscientemente, eu já faço. Eu escrevo, isso basta.

Um comentário:

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