3 de dez. de 2013

Momento

Doce momento do cair dos traços, do cair da roupa, do desatar dos laços, do atravessar da luz. O obter do algo que por milhões de segundos foi o prazer mais desejado. E esse prazer será descartado? Caso, casual. Ver hoje, dizer adeus amanhã. Paredes brancas, cobertas de quadros, sustentada por livros, absurdo momento. Sinfonia estranha dos gritos, complexidade do que não faz o mínimo sentido. Sombras, reflexos o cair do sol. O amanhecer da noite, a hora de libertar as proibições, mostrar ao Sol o que ele nunca viu. Uns passos dançados, que não foram ensaiados. Uns passos sensuais que não pertencem a nenhum ritmo. Uma música fluindo e descompassando nossa dança. Arrepios estranhos de uma noite amena. Uma atmosfera diferente, outras almas, outras auras. O que dizer dos beijos que ainda te darei? Uns olhos que fazem cair tudo, o último véu, a última máscara. Os últimos pudores. A linha tênue da sanidade se destruindo aos poucos.

Um comentário:

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