27 de jun. de 2013

Estranhas complexidades


E no meio dessas milhares de multidões, minha alma se contorce e se indaga: "O que lhe falta para que você seja quem realmente é?" Sobra a poeira que cintila na pouca luz que entra pela janela. Sobra tudo que está atrás de mim, essa bagunça sentimental. E uma alma que se revira como um feto sufocado pelo próprio cordão umbilical, como uma louca sufocada pela própria loucura. E esses meus olhos que nunca encontram outros. Sempre olhando, permanecendo nos bastidores dessa vida.

Talvez seja só aquele giro que dei em câmera lenta. As coisas mais simples transformando outras simplicidades em grandes complexidades. Está tudo parado agora. E eu, pela milionésima vez, me sinto fora do ar. Com esses acordes de violão, tudo parece fazer sentido. É estranho, na mesma medida que é normal.

2 comentários:

  1. Esse seu texto me lembra um turbilhão de coisas que já estavam na minha cabeça há algum tempo. Ah .-.

    Amulherqueeugostariadeser.blogspot.com

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  2. E assim seguimos, multidões de solitários juntos sempre em solidão.
    GK

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