6 de fev. de 2014

(Reticências)


Reparar o que existe nos abraços, talvez.
Veja aí o bem que você me fez.
Nesse mundo cheio de falsas leis.

Não importa em que mês você chegou na minha vida - embora eu saiba algumas datas de cor - você chegou enquanto eu duvidava das minhas certezas. Eu até que estava bem com as minhas dívidas e dúvidas, riscando itens de listas invisíveis, seguindo com tudo do mesmo jeito. Coração vazio, oficina do diabo.

Eu queria uma liberdade inexplicável.
Não se resumia em andar sozinha nas ruas.
Não se resumia em andar por aí.
Não se resumia em nada.
E eu não sabia pra onde ir.

Eu permaneci, segui com o meu coração vazio,
vadio
baldio.

Quis morar nos teus olhos.
Rebrilhar nos teus caminhos.

E não quis me declarar.
Vivi em silêncio.
Até o silêncio acabar.


Um comentário:

  1. Só se suporta o presente pelo quanto ele é reticente.
    Como sempre, lindíssimo, Gleanne!
    GK

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