20 de fev. de 2014

O pranto do âmago

Foram duas lágrimas pesadas. Nem me deram tempo de piscar os olhos. Caíram feito peso que não consegue aguentar, feito nó na garganta que não desata. Ao escrever sobre duas lágrimas que já se foram, sinto outra vez o peso gelado de tê-las escorrendo. Lágrimas que não pude conter. Seis palavras. Palavras que me partiram a alma e me fizeram perceber o frio do meu quarto. A ausência do pranto, dos olhos inchados e da dor de cabeça. Duas lágrimas, apenas. Mais sinceras que um uivo de dor, ou uma ferida em putrefação. Discretas, mas deixaram um rastro úmido no meu rosto seco.

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