O frio corta a alma adormecida. O sol luta e não vence. Nubla. A vida muda, o estômago dói. Sinto a fragilidade entre os dedos, fragilidade escorrendo pelas mãos. Fragilidade que me quebra, me divide, tenha um pouco de piedade. Minhas mãos abrem e fecham, seguem o ritmo dos meus pulmões. Peço a Deus que deixe a cidade nublada, que a transforme em alguns minutos de chuva. E chove. Agradeço com um sorriso tímido, sorriso que ninguém viu.
O sol nasce pela segunda vez. Caminho apressada com a calma que me falta, com a alma que me transborda. Tenho vontade de voltar. Desistir. Não caminhar. Não conseguir. Mas, o sol faz minha aliança brilhar. Faíscas transbordam. A alma transborda outra vez.
É só mais uma manhã que passará enquanto trilho meus caminhos.
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